quarta-feira, 5 de março de 2014

Trabalhadores da construção civil iniciam campanha salarial em São Paulo

Por Correio do Brasil, com RBA - de São Paulo

Com data-base em 1º de maio, trabalhadores devem iniciar negociações nos próximos dias
Com data-base em 1º de maio, trabalhadores devem iniciar negociações nos próximos dias
Quase 700 mil trabalhadores da construção civil em São Paulo, com data-base em 1 de maio, iniciam nos próximos dias as negociações pela campanha salarial.Na capital paulista, que concentra aproximadamente 370 mil empregados no setor, as reivindicações incluem aumento real (acima da inflação) de 5%, reajuste nos pisos, redução de jornada para 40 horas e participação nos lucros ou resultados (PLR). Eles também pedem vale-refeição de R$ 30 e vale-supermercado no valor de R$ 350.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo (Sintracon-SP, filiado à Força Sindical), Antonio de Sousa Ramalho, aproximadamente 85% da categoria é terceirizada para a realização de serviços especializados, como hidráulica, elétrica, pintura, gesso ou montagem.
- Não podemos ser contra as empresas terceirizadas, porque muitas são para mão de obra específica. O que não podemos aceitar é a quarteirização (quando a terceirizada contrata outra empresa para realizar a tarefa), porque isso precariza o trabalho. Mas queremos que a contratante garanta todos os benefícios que a construtora oferece para os seus funcionários e que fique proibida de subcontratar – diz Ramalho. Na pauta da entidade, também estão vagas para portadores com deficiência e comissão de trabalhadores e representantes do sindicato nos canteiros de obras com mais de 30 trabalhadores.
Outros 300 mil trabalhadores, entre região metropolitana e interior, são representados pela Federação Solidária dos Sindicatos de Trabalhadores nas Indústrias da Construção, da Madeira e Afins do Estado (FSCM), filiada à CUT, que reúne 13 sindicatos. Esses trabalhadores realizam assembleias na próxima-sexta para aprovar a pauta, que inclui vale-alimentação de R$ 300, fornecimento de almoço no local de trabalho, além de 5% de aumento real e reajuste nos pisos.
Atualmente, o piso do ajudante é de R$ 1.077, do profissional da construção (entre eles o pedreiro) R$ 1.298 e do profissional da montagem R$ 1.555.
Há ainda a Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário do Estado de São Paulo (Feticom-SP), que ainda está discutindo com os sindicatos filiados a pauta de reivindicações com valorização nos pisos, PLR e melhores condições de trabalho.

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