terça-feira, 8 de julho de 2014

Leia essa Matéria! Dez casos de corrupção denunciados no governo de FHC

A fonte é o blog de Altamiro Borges: suprimi adjetivos e informações paralelas, procurando manter apenas dados objetivos e comprováveis. Em minha opinião, grave mesmo foi a privatização da Vale e das telefônicas – negociatas no padrão daquelas que se seguiram ao fim da União Soviética.
Grampos do BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity1. Fernando Henrique extinguiu, por decreto, no início de seu governo, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de recursos públicos. Em 2001, quando uma CPI foi instituída para apurar corrupção, criou a Controladoria-Geral da União, mas este órgão não mostrou resultados durante seu governo.
2. Denúncias de tráfico de influência no contrato de execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam) derrubaram o brigadeiro Mauro Gandra ; o embaixador Júlio César dos Santos, supostamente envolvido, foi nomeado embaixador junto à FAO, em Roma. A empresa Esca, encarregada de incorporar a tecnologia da americana Raytheon, foi extinta por fraude comprovada contra a Previdência.
3. Em fevereiro de 1996, a Procuradoria-Geral da República arquivou os processos da “pasta rosa” – documentos citando doações ilegais de banqueiros para campanhas eleitorais. A oposição deu, então, ao o Procurador Geraldo Brindeiro o apelido de “engavetador geral da República”.
4.Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto que mudou a Constituição para permitir a reeleição de FHC: foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. O plenário da Câmara absolveu outros três deputados acusados de vender o voto: Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra,.
5. A Vale do Rio Doce foi vendida em leilão por R$ 3,3 bilhões, quando especialistas eu preço seu preço era estimado em mais de R$ 30 bilhões: detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura, com navios, portos e ferrovias. A Vale é a terceira maior mineradora do mundo , a maior produtora de minério de ferro e a segunda maior de níquel; destaca-se na produção de manganês, cobre, carvão, cobalto, pelotas, ferroligas e alguns fertilizantes, como os fosfatados (TSP e DCP) e nitrogenados (ureia e amônia)
6. As empresas privadas pagaram pelo sistema Telebrás cerca de R$ 22 bilhões; nos dois anos e meio anteriores à venda, o governo investiu na infraestrutura do setor mais de R$ 21 bilhões. O BNDES financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio. Grampos do BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity. O BNDES destinou cerca de R$10 bilhões para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, injetou R$ 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.
7. Fernando Henrique Cardoso afirmou que assinava sem ver a liberação dee verbas para a construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, em que se constatou desvio de R$ 169 milhões. O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à prisão o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos principais envolvidos no caso.
8. O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) , no final de 1995, custou ao Tesouro Nacional, segundo Fernando Henrique, 1% do PIB anual do Brasil. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, chegou a 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos foram de 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. .
9. FHC segurou a paridade entre o real e o dólar para assegurar a sua reeleição em 1998, às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o caso dos bancos Marka e FonteCindam, socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais.
10. De 1994 a 1999, as fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassaram R$ 2 bilhões. Sem punir ninguém, FHC extinguiu o órgão. Na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), apuraram-se desvios de R$ 1,4 bilhão.,com a emissão de notas fiscais frias. Aí também não houve punidos e a Sudene foi extinta.
Nilson Laje é jornalista e professor.
Via: Correio do Brasil

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