sexta-feira, 1 de julho de 2016

Dados do IBGE mostram a importância do trabalho de prevenção dos acidentes de trabalho

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Foto Sidney Rezende

Em 2013, 12,4% das 4,9 milhões de pessoas de 18 anos ou mais que sofreram acidente de trabalho ficaram com alguma sequela ou incapacidade (613 mil) e 32,9% deixaram de realizar atividades habituais (1,6 milhão). Já entre as 4,5 milhões de pessoas nessa faixa etária que sofreram algum acidente de trânsito com lesões corporais, 32,2% foram no deslocamento para o trabalho (1,4 milhão) e 9,9% trabalhando (445 mil). É o que mostra o quarto volume da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013: Indicadores de Saúde no Mercado de Trabalho. A pesquisa mostra, ainda, que o percentual de pessoas que sofreram acidentes de trabalho era maior entre homens (5,1%) do que entre mulheres (1,9%).

Neste quarto volume da PNS 2013 analisou-se a relação entre a condição no mercado de trabalho e alguns temas já contemplados nos volumes anteriores, tais como: pessoas com deficiência; posse de plano de saúde; diagnóstico de depressão; fatores de risco e proteção à saúde, entre outros.
No mesmo ano, 3,1% das pessoas de 18 anos ou mais sofreram alguma violência ou agressão por desconhecido (4,6 milhões). Em 18,4% dos casos, a violência ou agressão ocorreu no local de trabalho (846 mil). Já as agressões ou violências vindas de conhecidos atingiram 2,5% das pessoas com 18 anos ou mais (3,7 milhões), sendo que 11,9% delas (439 mil) foram agredidas no trabalho. A PNS 2013 também revela que os portadores de alguma das deficiências investigadas (intelectual, motora, auditiva e visual) tinham rendimento médio mensal habitual 11,4% menor (R$ 1.499) que os sem deficiência (R$ 1.693). Já as pessoas que trabalhavam à noite, mesmo que o turno começasse durante o dia, tinham rendimento médio de R$ 2.073, 21,2% maior que o dos ocupados exclusivamente durante o dia (R$ 1.710).
Enquanto a ocorrência de depressão entre a população de 18 anos ou mais havia sido de 7,6% em 2013, entre aqueles que não trabalhavam nem procuravam emprego (população fora da força de trabalho), a proporção era de 10,2%, ou seja, um em cada dez. Para a população ocupada, a proporção havia sido de 6,2% e, entre os desocupados, 7,5%. A população fora da força de trabalho também apresentou proporção maior (12,6%) de pessoas que tomavam remédio para dormir do que as demais.
Por outro lado, as três doenças crônicas com as maiores prevalências na população (hipertensão arterial, colesterol alto e dor nas costas) eram maiores entre as pessoas ocupadas do que entre as desocupadas. Já a dengue diagnosticada por médico atingiu cerca de 11,7 milhões de pessoas ocupadas (12,6%) em 2013.
Os resultados completos do quarto volume da PNS podem ser acessados aqui.
Metade das pessoas que sofreram acidente de trabalho deixaram de realizar atividades habituais
Em 2013, 3,4% das pessoas de 18 anos ou mais de idade se envolveram em acidente de trabalho nos 12 meses anteriores à pesquisa (4,9 milhões), sendo 5,1% dos homens (3,5 milhões) e 1,9% das mulheres (1,5 milhão). Devido a esse acidente, 32,9% das pessoas deixaram de realizar suas atividades habituais (1,6 milhão) e 12,4% ficaram com alguma sequela ou incapacidade (613 mil). No trânsito, 3,1% das pessoas na mesma faixa de idade sofreram algum acidente com lesões corporais (4,5 milhões): 32,2% no deslocamento para o trabalho (1,4 milhão) e 9,9% trabalhando (445 mil).

No Brasil, 3,1% de pessoas de 18 anos ou mais sofreram alguma violência ou agressão (física, sexual, psicológica) por pessoa desconhecida nos 12 meses anteriores à entrevista (4,6 milhões). Destas, 18,4% sofreram a violência ou agressão no local de trabalho (846 mil). Já as agressões ou violência vindas de conhecidos atingiram 2,5% das pessoas com 18 anos ou mais (3,7 milhões), sendo que 11,9% delas foram agredidas no trabalho (439 mil). Quando o agressor era conhecido, as proporções foram de 1,8% para os homens (1,3 milhões) e 3,1% para as mulheres (2,4 milhões). Quando o agressor era desconhecido, o percentual de vítimas do sexo masculino foi maior: 3,7% (2,6 milhões) contra 2,7% para as mulheres (2,1 milhões).
Portadores de deficiência recebem 11,4% a menos que os sem deficiência
Com rendimento médio mensal habitual de R$ 1.499, as pessoas com pelo menos uma das deficiências investigadas pela PNS (intelectual, motora, auditiva e visual) recebiam 11,4% a menos do que aquelas sem deficiência (R$ 1.693).

O percentual de pessoas com deficiência física foi maior entre aqueles fora da força de trabalho (2,8%) do que entre os ocupados (0,8%) e os desocupados (0,5%). Entre os ocupados, 21,7% declararam ter grau intenso ou muito intenso de limitações em suas atividades habituais, inclusive o trabalho.
A deficiência visual foi a mais frequente entre as pessoas de 14 anos ou mais (4,3%) e atingia 3,1% dos ocupados, 1,7% dos desocupados e 6,4% dos fora da força. Entre as 1,6 milhão de pessoas com ao menos uma das deficiências investigadas, 17,2% trabalhavam na agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (702 mil); 17,7% no comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (722 mil); e 13,8% na indústria (562 mil).
Quem trabalha à noite recebe 21,2% a mais que quem se ocupa de dia
Entre as 90,1 milhões de pessoas ocupadas de 18 anos ou mais de idade, 14,9% trabalhavam à noite (entre 22h e 5h), incluindo aqueles cujo turno começava durante o dia e se estendia por um período da noite. Os grupamentos com os maiores percentuais de trabalho noturno foram: alojamento e alimentação (39,3%) e transporte, armazenagem e correio (29,4%). O rendimento médio habitual desses trabalhadores (R$ 2.073) superava o dos diurnos (R$ 1.710) em 21,2%.

Entre os ocupados, 1,7% trabalhavam em turnos ininterruptos de 24 horas (com rendimento médio habitual de R$ 2.645) e 28,8% deles o faziam mais de uma vez por semana. As maiores proporções de trabalhadores em turnos de 24 horas estavam nos grupamentos da administração pública (25,4%) e da educação, saúde e serviços sociais (23,6%).
Uma em cada dez pessoas fora da força de trabalho sofre de depressão
O percentual de pessoas com 18 anos ou mais de idade com diagnóstico de depressão foi de 7,6% em 2013 (11,2 milhões), entre os ocupados foi 6,2% (5,6 milhões), 7,5%, desocupados (374 mil), e 10,2% estavam fora da força de trabalho (5,2 milhões). A população fora da força de trabalho também apresentou proporção maior (12,6% ou 6,5 milhões) de pessoas que tomavam remédio para dormir do que as demais (5,0% ou 4,5 milhões entre os ocupados e 4,3% ou 214 mil entre os desocupados).

Tanto no domínio da população de 18 anos de idade quanto no da população ocupada desta mesma faixa etária, as mulheres apresentaram prevalências de diagnóstico de depressão mais elevadas que os homens (10,9% e 10,1%, respectivamente, frente a 3,9% e 3,3% para os homens).
Entre os ocupados, a idade da pessoa e o diagnóstico de depressão aumentavam juntos até o grupo etário de 60 anos ou mais, quando a prevalência de depressão voltava a reduzir. Entre as pessoas de 40 a 59 anos, 8,2% tiveram diagnóstico de depressão, enquanto para aqueles com 60 anos ou mais de idade, 7,4%.
As três doenças crônicas não transmissíveis mais comuns na população em geral foram hipertensão arterial (31,3 milhões de pessoas), colesterol alto (18,4 milhões) e problema crônico de dor nas costas (27,0 milhões). Nos três casos, as prevalências eram maiores entre as pessoas ocupadas do que entre as desocupadas. As pessoas fora da força de trabalho registraram os maiores percentuais, pois o grupo é composto por pessoas com idade avançada, faixa etária em que as doenças crônicas são mais presentes, especialmente para pessoas de 65 a 74 anos de idade (25,5% ou 2,9 milhões de pessoas com colesterol alto; 52,7% ou 6,0 milhões com hipertensão arterial e 28,9% ou 3,3 milhões com problema crônico de coluna).
Quanto à ocorrência de DORT (Distúrbio Osteomolecular Relacionado ao Trabalho), a diferença foi pequena entre os ocupados (2,8% ou 2,5 milhões) e os desocupados (2,6% ou 129 mil).
Fonte: IBGE

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