quarta-feira, 28 de maio de 2014

Apesar da melhora na economia, 3,2 milhões ficarão sem emprego em 2014

Apesar da melhora na economia, 3,2 milhões ficarão sem emprego em 2014

Foto: Marcelo Camargo/ABr
Apesar da redução significativa das vulnerabilidades no mercado de trabalho desde 2008, após a crise econômica mundial, o desemprego no mundo continua crescendo. É o que aponta relatório divulgado nesta segunda-feira, 26, pela Organização Internacional do Trabalho. A previsão da OIT é que, até o final do ano, 3,2 milhões de pessoas devam perder seus postos de trabalho, levando ao total de 203 milhões de desempregados em todo o mundo.
O relatório “O mundo do trabalho 2014: Desenvolvimento com emprego” prevê que o aumento da taxa de desemprego no mundo terá proporções menores que de anos anteriores. No ano passado, o desemprego mundial incluiu 200 milhões de pessoas e, para 2019, considerando as taxas atuais e as tendências, o desemprego deve alcançar 213 milhões de pessoas. Até 2017, a previsão é que a proporção de desempregados se mantenha estável e permaneça em 6% da população economicamente ativa.
Durante os próximos cinco anos, 90% dos empregos serão criados em países emergentes e em desenvolvimento, o que é positivo, pois a OIT considera que essas economias necessitarão gerar 200 milhões de novos empregos - dos 213 que serão necessários no mundo todo - "para fazer frente a uma população economicamente ativa cada vez mais numerosa". Isso significa que os países em desenvolvimento deverão criar 40 milhões de empregos por ano, o que, segundo a OIT, terá um impacto significativo sobre os fluxos migratórios.
Ainda de acordo com a organização, países em desenvolvimento e as economias emergentes que investiram em trabalho e melhorias nas condições de emprego amorteceram a crise financeira de 2008 e tiveram maior crescimento econômico. Na análise dos mais de 140 países em desenvolvimento, a OIT identificou que melhorias das condições de trabalho tendem a estar associadas à redução de desigualdades. Segundo a organização, os países que fizeram investimentos nessa área desde o início da década de 2000 cresceram, a partir de 2007, um ponto percentual a mais do que os que não investiram.
"O desenvolvimento não acontece só por meio de exportação, abertura comercial e investimento direto. Proteção social, respeito a parâmetros básicos de trabalho e políticas que promovem o emprego formal também são cruciais para a criação de empregos de qualidade que aumentam o padrão de vida, o consumo doméstico e levam a um crescimento de um modo geral. Oportunidades decentes de trabalho para homens e mulheres ajudam a engatilhar o desenvolvimento e reduzir a pobreza", explicou o diretor-geral da OIT, Guy Ryder.
Via: Conexão Sindical

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