quarta-feira, 4 de junho de 2014

CUT, CTB e Movimentos sociais vão trabalhar juntos pelo Plebiscito da Reforma Política

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Unidade das entidades populares para divulgar a campanha e coletar votos. MTST, MST, Levante Popular, Juventude da CTB, Casa Fora do Eixo, Marcha das Mulheres, CMP, UNE e UBES e Juventude do PT
A CUT, CTB e os movimentos sociais combinaram trabalhar juntos na campanha pelo Plebiscito Popular pela Reforma Política. A estratégia e as primeiras ações práticas foram debatidas em reunião realizada na tarde desta segunda, na sede nacional da Central, em São Paulo.

Participaram do encontro lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores sem Teto), do Levante Popular, do MST, da Juventude da CTB, Casa Fora do Eixo e Mídia Ninja, UNE e UBES, CMP, Marcha Mundial de Mulheres e da Juventude do PT.Movimentos sociais unidos pela reforma política
Movimentos sociais unidos pela reforma política
A CUT decidiu estimular a criação de comitês do Plebiscito em todos os sindicatos de sua base. A existência de um comitê independe de espaço físico ou estrutura. O mais importante é o engajamento das pessoas em divulgar o plebiscito, debater seus objetivos com as demais nos locais de trabalho e na vizinhança e cuidar da coleta de votos – levar urna e materiais de divulgação durante a semana entre os dias 1º e 7 de setembro às ruas e praças, estações de trem, metrô e ônibus, locais de trabalho, centros comunitários, sindicatos e onde mais for possível. As urnas podem ser desde uma caixa de sapato adaptada para esse fim até uma urna de verdade.
Portanto, cada sindicato, um comitê.
Outra ação planejada na tarde de hoje é a realização de um ato político durante a Plenária Nacional da CUT, entre os dias 28 e julho e 1º de agosto, com a presença dos movimentos sociais. As 27 Plenárias estaduais, que ainda estão acontecendo, também têm dado prioridade à participação no Plebiscito. O objetivo é fazer de cada delegado e delegada um multiplicador engajado nessa campanha.Vagner e Sérgio: prioridade à campanha
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“O Brasil está num momento de ebulição social, e isso para quem, como nós, sempre lutou por liberdade e protagonismo popular, é muito estimulante”, comentou o presidente nacional da CUT Vagner Freitas. “Pobre o povo que for apático. E nós temos de acompanhar esse sentimento e colocar nossas propostas para o público”, disse.
Como observado pelo secretário-geral Sérgio Nobre, a reforma política “é o ponto de identidade e de unidade mais claro entre as entidades na atual conjuntura”. Afirmou também que a proposta de convocar a participação popular para a elaboração de uma constituinte da reforma, apresentada pela presidenta Dilma no ano passado, “foi um ato de coragem”.
O objetivo da organização da campanha pelo Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político é ultrapassar 10 milhões de votos, marca atingida pelo plebiscito contra a Alca, realizado em 2002, e que está servindo como referência para a atual campanha.
Nas cédulas, virá impressa a pergunta: “Você é a favor da convocação de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político? (    )SIM   (    )NÃO.
Júlio Turra, dirigente executivo da CUT, sugeriu durante a reunião que a campanha deve se concentrar no lema da reforma política, para que a mensagem seja bem compreendida, o que pode não ocorrer caso mais de um tema seja incluído na comunicação. “Até porque todas as demais reformas e mudanças estruturais que precisamos e reivindicamos dependem da reforma política para acontecer. O sistema político travas as mudanças”, explicou.Reunião na sede da CUT debate ações práticas para o Plebiscito
Sérgio Nobre completou: “Essa é uma boa abordagem para as entidades divulgarem essa bandeira. O que a reforma política tem a ver com moradia, transporte de qualidade, segurança, educação, saúde pública, reforma agrária e democratização das comunicações? Vamos falar disso para as pessoas”.
Na avaliação dos movimentos presentes à reunião, é unânime o entendimento de que o Plebiscito será uma oportunidade de politizar as pessoas. “Temos que fazer a disputa, não podemos deixar as ruas para os setores conservadores”, disse Igor Carvalho, do MST.

Por Ag. CUT –  Isaías Dalle

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