A nova ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), 52 anos, disse em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo,
desta segunda-feira, que o latifúndio não existe mais no Brasil. A
peemedebista defendeu uma reforma agrária pontual e disse, ainda, que
pretende dialogar com movimentos sociais como o MST.
Latifúndio
Ao diário paulista, Kátia Abreu declarou que
“o latifúndio não existe mais, mas que isso não acaba com a reforma. A
bancada vai trabalhar sempre, discutir e debater”.
Sobre a crise que ocorre em países como China e Rússia, a ministra
afirmou que “há dificuldades, mas que não há muitos temores com relação
às commodities de alimentos”. Abreu disse que, “as pessoas precisam
comer” e que não acredita em alteração de volume das exportações.
Demarcação indígena
A atual ministra da Agricultura disse que não há problemas com terra
indígena, mas sim com a ilegalidade e que não pode tirar terra de
pessoas e dar para outras. Ao jornal Abreu falou que “se a presidenta
entender que os pataxós estão com a terra pequena, arruma dinheiro da
União, compra um pedaço de terra e dá para eles”.
Missão de revolucionar
Ainda segundo a ministra, foi dada a ela a “missão de revolucionar o
Ministério”. A presidenta Dilma Rousseff quer que o Ministério da
Agricultura tenha uma interlocução forte com o Ministério dos
Transportes para discutir logística, PAC 2 e PAC 3. Sobre os recursos
destinados para os investimentos, Kátia cita a aposta na privatização.
Segundo ela, “o correto é fazer as hidrovias e depois concessionar para a
iniciativa privada”.
Não existe terra ruim
Sobre os pequenos agricultores, Kátia Abreu disse que “é
preciso criar uma grande classe média rural brasileira” e que é
necessário identificar as pessoas, fazer editais, leilões para que possa
ser possível dar uma assistência continuada a esta classe. “Não existe
terra ruim”.
Kátia Abreu (PMDB-TO), entrou para o ramo do agronegócio com a morte
do marido em um acidente de avião, em 1987. Nascida em Goiânia, ela é
formada em psicologia pela Universidade Católica de Goiás. Atualmente é
presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Integrou as Comissões de Assuntos Econômicos, Constituição, Justiça e
Cidadania, de Agricultura e Reforma Agrária e Assuntos Sociais. Em
2014, foi reeleita senadora pelo estado do Tocantins.
Por Correio do Brasil, com agências de notícias - do Rio de Janeiro
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